Um membro de uma igreja perguntou ao seu pastor: joguei na mega-sena, se eu ganhar o senhor aceita o dízimo? E o pastor disse jocosamente: Claro irmão, não vou deixar você pecar duas vezes.
Situações de desemprego, dificuldades financeiras, dívidas diversas, o convite para o bolão oferecido pelos amigos, a vontade de experimentar pelo menos uma vez e outras razões mais podem ser ditas, que podem incitar um cristão a fazer uma “fezinha” na mega-sena ou qualquer outro tipo de loteria.
Na Bíblia, o livro que o cristão considera como sua regra de fé e prática, não há um texto específico que combata jogar na loteria (não existia), mas há princípios bíblicos que nos orientam que esta prática não se coaduna com o bom testemunho cristão e a glória de Cristo Jesus. Vamos dar uma olhadinha:
A benção do trabalho. Trabalho não é castigo. Já no Jardim do Éden, antes da Queda o Senhor colocou Adão para lavrar e guardar o jardim (Gn 1). Isso era sua responsabilidade e demandava dedicação. A recomendação bíblica é que o cristão deve trabalhar para suprir suas necessidades (II Ts. 3.10) e para que tenha o que repartir com o que tem necessidade (Ef 4.28). A recomendação para quem teme ao Senhor é que “do trabalho de tuas mãos comerás” (Sl 128.2). A loteria alimenta a ideia que temos o direito de ter de modo fácil e rápido. Estimula a cobiça. O Senhor nos orienta a levantar o sustento através do trabalho honesto e dedicado.
A benção do trabalho. Trabalho não é castigo. Já no Jardim do Éden, antes da Queda o Senhor colocou Adão para lavrar e guardar o jardim (Gn 1). Isso era sua responsabilidade e demandava dedicação. A recomendação bíblica é que o cristão deve trabalhar para suprir suas necessidades (II Ts. 3.10) e para que tenha o que repartir com o que tem necessidade (Ef 4.28). A recomendação para quem teme ao Senhor é que “do trabalho de tuas mãos comerás” (Sl 128.2). A loteria alimenta a ideia que temos o direito de ter de modo fácil e rápido. Estimula a cobiça. O Senhor nos orienta a levantar o sustento através do trabalho honesto e dedicado.
O suprimento do Senhor. O Senhor prometeu “nunca te deixarei, jamais te abandonarei!” (Hb 13.5). “Elevo os olhos para os montes, de onde me virá o socorro? O meu Socorro vem do Senhor.” (Salmo 121.1). Deus supre nossas necessidades de maneiras ordinárias – trabalho, apoio da família, apoio da igreja, apoio de amigos, e também de maneiras extraordinárias através de seus sinais e prodígios. Se o cristão se coloca em posição de não dependência do Senhor para suprir suas necessidades, ela passa a confiar na sorte ou azar e faz até o desatino de orar para o Senhor “abençoar” sua “fezinha”. Confiar no Senhor, depender do Senhor é crucificar a carne e viver aos pés da Cruz.
O descanso do contentamento. “Porque já aprendi a contentar em toda e qualquer situação. Sei passar falta, e sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas estou experimentado, tanto em ter fartura, como em passar fome; tanto em ter abundância, como em padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Fp 4.11-13). Em Cristo, que nos fortalece, podemos viver contentes, com a alegria do Senhor tanto na falta como na abundância, tanto na fartura como na fome. É tenso viver contente em toda e qualquer situação. Mas podemos ser ensinados pelo Espírito Santo. Certamente, jogar na loteria não revela que estamos contentes e descansados no Senhor. A sociedade de consumo criou várias “necessidades” e insatisfações dentro de nosso coração. Contentar com uma vida mais simples não é facil, mas é preciso andar no Espírito Santo e procurar agradar ao Senhor.
A luta contra a avareza. “Seja a vossa vida isenta de ganância, contentando-vos com o que tendes; porque ele mesmo disse: Não te deixarei, nem te desampararei” (Hb 13.5). Antes de pensar em jogar na loteria, um cristão deveria perguntar a si mesmo, diante do Senhor: Isso revela que estou cheio de ganância para ficar rico e depressa? Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição. “Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” (I Tm 6.9-10). Ora, o Senhor não diz que é errado um cristão ser rico: “manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a sua esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que nos concede abundantemente todas as coisas para delas gozarmos; que pratiquem o bem, que se enriqueçam de boas obras, que sejam liberais e generosos, entesourando para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a verdadeira vida. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão.” (ITm 6.17-21). O que a Escritura está tratando é do nosso coração quando diz os que querem ficar ricos, isto é, aqueles que colocam essa paixão em primeiro lugar em sua vida, ao invés de buscar o Reino em primeiro lugar… mesmo sendo membros de igreja cristã.
O perigo de se tornar um vício. O jogar pode ser uma compulsão e pode se tornar um vício. O vício é um tipo de idolatria. Muitas famílias já foram destruídas, porque a pessoa usa o dinheiro de comprar alimentos, pagar a luz ou água, deixa de dar seu dízimo e suas ofertas, na esperança (ilusão?) “que é só mais esta vez”. É preciso sempre olhar o coração e motivação com as lentes da Palavra de Deus e a orientação do Espírito Santo para ver se o jogo não se tornou um ídolo. Lembrar também que o dinheiro ganho em loterias é ganho às custas de quem perdeu e de muitos que perderam para beneficiar um.
Se um cristão ainda tiver dúvidas quanto ao assunto, aplique os 5 testes abaixo (wiersbe – comentário bíblico expositivo de I Coríntios). Vale quanto à loteria e outras dúvidas quanto ao comportamento e ética cristã.
1. Isto promove a liberdade em Cristo ou escravidão ao Pecado? (I co 6.12);
2. Será um tropeço ou um apoio para o testemunho em minha igreja, minha família e meus amigos não crentes? (I co 8.13);
3. Edificarão ou destruirão minha vida e minha comunhão com o Senhor? (I co 10.23);
4. Será apenas para o meu próprio prazer ou glorificará ao Senhor Jesus? (I Co 10.23);
5. Contribuirá para a eficácia de meu testemunho e ganhar almas para Cristo ou para afastá-las de Cristo? (I Co 10.33).